As fábulas (do Latim fabula,
significando "história, jogo, narrativa, conta, conto", literalmente
"o que é dito") são composições literárias em que os personagens geralmente
são animais que apresentam características humanas, tais como a fala, os
costumes, etc. Estas histórias terminam com um ensinamento moral de caráter
instrutivo. É um gênero muito versátil, pois permite diversas maneiras de se
abordar determinado assunto.
A fábula é um gênero narrativo
que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por Esopo, autor
que viveu no século VI a.C., na Grécia antiga. A Esopo foi atribuído um
conjunto de pequenas histórias, de caráter moral e alegórico, cujos papéis
principais eram desenvolvidos por animais. Por meio dos diálogos entre os
bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de
caráter moral ao homem. Assim, os animais, nas fábulas, tornam-se exemplos para
os seres humanos. Cada animal simboliza algum aspecto ou qualidade do homem
como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o
trabalho etc. É uma narrativa inverossímil, com fundo didático. Quando os
personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe o nome de apólogo. A
temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a
força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de preguiçosos.
La Fontaine foi outro grande
cultor do gênero, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua
"Revolução dos Bichos" (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um
sentido mais amplo e de sátira política).
Escritores de língua portuguesa
que cultivaram o gênero:
Sá de Miranda
Diogo Bernardes
Manoel de Melo
Bocage
Monteiro Lobato
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1bula