Ovo que vem de longe
A troca de
guloseimas durante a Páscoa é muito comum, alem de ser uma tradição muito
antiga, que nos remete à Europa do século XIII.
Equipe RHBN
5/4/2012
Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim?
Um ovo, dois ovos, três ovos assim
Coelhinho da Páscoa, que cor eles têm?
Azul, amarelo e vermelho também.
A quadrinha
popular que se ouve na voz da criançada com a proximidade da Páscoa anuncia a
troca de guloseimas no domingo que encerra a Semana Santa. A tradição é antiga
na Europa, remonta ao século XIII, quando os estudantes da Universidade de
Paris, após entoarem salmos e cânticos de louvor a Deus em frente à
catedral saíam organizados em procissão, recolhendo presentes. As ofertas,
especialmente ovos, eram distribuídas para parentes, amigos e vizinhos. Os
ovos, tingidos de azul ou vermelho, simbolizavam o renascimento, a ressurreição
e a imortalidade.
Confeccionados
em madeira ou argila, com o tempo eles passaram a ser pintados e decorados com
requinte. No Brasil, o costume de receber e distribuir ovos de Páscoa
data apenas dos anos 1920, introduzido pela colonização alemã nas cidades do
Sul. Aos poucos, a prática se espalhou em massa de chocolate pelas confeitarias
do resto do país, para o pecado de todos.
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