terça-feira, 11 de setembro de 2012

Januária

 Januária, terra amada
Prefeitura municipal


"...Dos céus do norte,

Ó pátria minha,

Tu és rainha

        Das águas belas,..."


 Januária está localizada ao norte do Estado de Minas Gerais e às margens do rio São Francisco. A cidade
de clima quente foi imortalizada por Guimarães Rosa, no clássico da literatura brasileira, "Grande Sertão: Veredas". Na obra, traduzida para mais de dez idiomas, o município é citado 17 vezes pelo escritor mineiro.

A região é repleta de grutas, parques, praias de água doce, cachoeiras e tem o único pântano do estado. Desta forma, a mãe-natureza criou o palco perfeito para a prática de ecoturismo e turismo de aventura no município. Januária é uma cidade tipicamente brasileira pois sua base cultural é composta por influências portuguesas, negras e indígenas.

                                                 Fonte:   http://www.webventure.com.br/destinoaventura/mg/januaria
Praça Getúlio Vargas

História

Januária escrava ...
Januária princesa ...
Januário, o sertanista ...

Existem três versões que dão conta do surgimento do município. De acordo com a primeira versão, o nome do município é uma alusão ao atuante fazendeiro Januário Cardoso, que morava na região e era proprietário da fazenda Itapiraçaba, localizada onde hoje se encontra o município.
Outras versões, porém, atribuem o nome a uma homenagem à princesa Januária, irmã do Imperador Dom Pedro II e, ainda, à escrava Januária que, fugindo do cativeiro, teria se instalado no Porto do Salgado (atual município de Januária), estabelecendo ali uma estalagem, onde os barqueiros e tropeiros do povoado se encontravam.
O município se situa às margens do rio São Francisco, que oferece excelentes praias fluviais temporárias, pesca, cachoeiras, destacando-se também grutas de formação calcária, com algumas pinturas rupestres. A presença do casario colonial no município pode ser observada na avenida São Francisco e ruas transversais.
Januária, antigo povoado de Brejo do Salgado, com seus três séculos de história, encanta os visitantes e a população local, não só por seus atrativos históricos e culturais, mas também por suas belíssimas e variadas belezas naturais.
Terra de gente hospitaleira, já teve grande importância como porto e entreposto comercial nos tempos áureos da navegação a vapor no "Velho Chico".
O município busca o seu desenvolvimento na prestação de serviços, no artesanato, na produção da cachaça de alta qualidade, no extrativismo de frutos e essências do cerrado, e, principalmente, no incremento da atividade turística.


Januária - MG

 

Limites

Norte: Cônego Marinho e Bonito de Minas
Sul: São Francisco
Leste: Pedras de Maria da Cruz
Oeste: Chapada Gaúcha e Estado da Bahia

Símbolos

Brasão

Brasão
  Este é o Brasão que identifica Januária. Ele tem como finalidade timbrar a documentação do município.

Bandeira

Bandeira de Januária

  A Bandeira e o Brasão foram criados pelo januarense José Licínio Bastos Campos, sendo vencedor do concurso promovido pela Prefeitura Municipal em 21 de abril de 1976; lei nº 891 na administração de Cleuber Brandão Carneiro.

 Hino

Hino de Januária

Letra:  Manoel Ambrósio
Música: Professor Batistinha
Ó Januária
Do São Francisco,
O basilisco,
Baixando o sul,
O dorso afagas
Do monstro as vagas,
Por estas plagas
Do céu azul.

Estribilho

Dos céus do norte,
Ó pátria minha,
Tu és rainha
Das águas belas,
Cetro de amores,
Os teus primores,
Não tem rumores,
Não tem procelas.

E tu te miras,
E tu te inclinas,
Nessas ondinas
A murmurar,
Nessas aragens,
Dessas paragens,
Ditosas margens
Do rio mar.

Da promissão,
Querida terra,
Teu seio encerra
Toda ventura.
Do peregrino
A ti sem tino
És o destino
Doce ternura.

E tu te acolhes
Alma infeliz
Que se maldiz
Desoladora.
Cosmopolita,
Terra bendita
És mãe aflita,
Consoladora.

Ó Januária!
Águas vertentes,
Águas correntes
Te fazem amada,
Da realeza,
Da natureza,
Toda beleza
Terra adorada!

Tão maviosos
Os teus encantos,
Prazeres santos
Do teu sorriso
São verdes eras
Que tu nos deras
E as primaveras
De um paraíso.

 

Infraestrutura

O município de Januária possui vários bairros que na sua grande maioria necessitam de muito investimento em infraestrutura. Apenas o centro da cidade tem na sua totalidade ruas, vielas, becos e avenidas pavimentados com paralelepípedos.

    Av. Cônego Ramiro Leite
  • 87% das vias da cidade são pavimentadas.
  • 96% das residências são abastecidas pela rede pública de água.
  • 98% das residências são abastecidas pela rede de esgoto.
  • 65% das residências acessam a Internet Banda Larga.
  • 99,97% das casas urbanas são ligadas à rede elétrica da CEMIG.
  • 78,75% das casas rurais são ligadas à rede elétrica da CEMIG.

Brejo do Amparo


Igreja do Rosário
Antigo Brejo do Amparo foi o núcleo do povoado do município de Januária. Possui casario colonial e uma joia do barroco mineiro: a Igreja da Nossa Senhora do Rosário, datada de 1688, construída em um quilombo orientado pelos jesuítas. Este templo foi um dos primeiros em Minas Gerais, e tem proporções médias, sendo que no interior há um coro ao fundo e à esquerda a tribuna, cercada com guarda-corpo, em ripas trabalhadas. O piso é em campas de madeira. A nave possui dois altares, a capela-mor tem o forro pintado com motivos religiosos e altar-mor, de confecção popular, possui vários arcos com colunas torcidas, tendo ao fundo nichos para imagens.
Nos arredores localiza-se a principal zona produtora de cachaça de Januária, a comunidade denominada Sítio.
Lá os visitantes tem a oportunidade de conhecer o roteiro dos alambiques e todo o processo de fabricação artesanal da cachaça.
O distrito conta com trilhas e ruas propícias para a prática do ecoturismo, e também com uma belíssima gruta,a Gruta dos Anjos.

Cachaça

Januária possui ótimas referências na produção de cachaça. O segredo está na umidade natural do solo e no clima do distrito de Brejo do Amparo.
O município detém a produção da cana-de-açúcar desde o seu surgimento. São mais de trinta engenhos nas imediações do povoado. Parte da produção da cachaça é exportada para outros estados.

Artesanato

O artesanato da região é passado de geração em geração como forma de sobrevivência. De origem indígena, tem características primitivas, conservando sua forma pura. A matéria-prima utilizada é extraída da natureza.
São utilizados barro, fibras vegetais, madeira, flandres ou folha de zinco, couro, algodão.
O artesanato pode ser encontrado na Casa do Artesão,Casa da Memória,Centro de Artesanato e Mercado Municipal.

Culinária

A culinária regional apresenta vários pratos saborosos, como o arroz com pequi, carne de sol, moquecas de surubim, pão de queijo, angu com quiabo, paçoca, galinha ao molho pardo, feijão tropeiro com torresmo, beiju, rapadura, picado de arroz, dourado assado, vários pratos feitos com o tradicional surubim do Rio São Francisco, e ainda saborosas frutas do cerrado, como umbu, pinha, tamarindo, fruta do conde, coquinho, cagaita, caju, cajuí, maxixe, cabeça-de-nego, buriti, babaçu, fava-d'anta, jenipapo, banana-caturra, utilizados na produção artesanal de sucos, licores e doces. Maior destaque cabe ao famoso fruto do cerrado, rico em vitamina "A" e excelente no combate dos radicais livres, o "pequi" é encontrado com grande fartura na região e largamente usado na culinária em pratos diversificados como, o picado de arroz com pequi, frango com pequi e mandioca, farofa de pequi e até o fruto cozido, podendo acrescentar sal ou açúcar. A polpa e o óleo do pequi, também muito utilizado na culinária januarense, podem encontrados durante todo o ano em pequenas fabriquetas artesanais. Do pequi ainda se extrai a castanha que é vendida no mercado municipal e na feira livre aos sábados. A castanha é muito saborosa e também é usada na culinária, devendo ser reidratada antes do consumo, pois é vendida seca.
Reis dos Temerosos em Festejos de Nossa Senhora do Rosário 
Reis dos Temerosos

Folclore

É bastante expressivo o folclore de Januária, e muitas das expressões folclóricas continuam puras, preservadas de influência externa.

Agronegócio

Januária investe em peso para a produção de Mamão.A produção é grande, em 60 hectares estão plantados 80 mil pés de mamão de dois tipos: formosa e o havaí, também conhecido como papaya.As estimativas apontam que a colheita será de 80 toneladas por ano, com exportação para varios estados do sudeste brasileiro como o Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, sem contar que também poderá ser exportado para outros países como a Europa.

Manifestações religiosas

Uma das manifestações mais tradicionais e festejadas pela comunidade religiosa do município de Januária, acontece anualmente no dia 3 de maio, festejos de Santa Cruz. Acontece sempre na praça Santa Cruz (largo de santa cruz) com celebrações e novena culminando com procissão, missa festiva, leilão e apresentações folclóricas. Ao final do leilão é escolhido o festeiro do ano seguinte.[5] Por volta dos anos 1800 a 1890, a Praça Santa Cruz era um local de muita alegria e felicidade, com muitas crianças de diversas famílias residentes, que brincavam no local onde mais tarde seria construída a praça que veio a se chamar " Santa Cruz", nome este que teve como percussores as crianças que corriam e saltitavam fazendo cercados com madeira de São João ao redor de uma cruz, flores de: fedegoso, São João, malva, etc. Entoando cantos, rezas, ladainhas cantadas na Igreja pelos mais velhos. Mais tarde, os devotos e fiéis construíram na praça um cruzeiro de tijolos e uma cruz com um galo no topo, local onde passaram a fazer suas preces e orações, acender velas para as almas e até fazer novenas com caminhada penitencial para chover em tempo de seca e calor. Os moradores reuniram e mandaram celebrar uma missa iniciando-se assim os festejos de Santa Cruz. O festejo de Santa Cruz tinha como objetivo imediato a fé católica de veneração a cruz trazida pelos portugueses com a celebração da primeira missa no Brasil em 26 de abril de 1500 pelo Frei Henrique de Coimbra, e posteriormente arrecadar fundos para construir a Igrejinha que está entre as mais antigas de Januária. A igrejinha de Santa Cruz era pequena, e, tinha o Côro, o Sacrário era de ouro, o Sino de bronze, pinturas de anjos na parede, a imagem (escultura) de São Miguel Arcanjo, - que foi roubada mais tarde - e alguns poucos bancos. Construída por moradores no final do século XIX, com recursos próprios conseguidos através de promoções na comunidade, ergueram-na com trabalho em mutirão. A Igreja constantemente ficava fechada, por ocasião da morte de algum morador era aberta e numa demonstração de sentimento e respeito usava toque de sino. Com o passar do tempo, a igrejinha foi abandonada e começou a ruir com freqüentes cheias, cupim e formigueiros.[6]

Clima

Clima é tropical com transição para semi-árido. A temperatura máxima atinge 38º C, a mínima 12,6º C e a média anual é de 26, 30º C. As chuvas são escassas, irregulares e concentradas no verão. Elas acontecem de outubro a fevereiro e às vezes vão até março.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a temperatura mínima registrada em Januária foi de 6,0ºC, ocorrida no dia 16 de julho de 1921. Já a máxima foi de 41,0ºC, observada dia 19 de outubro de 1963. O maior acumulado de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de 295,7 mm, em 5 de fevereiro de 2007.[7]
Cavernas dp Peruaçu

Vegetação

Graças à deficiência de água no solo e ao forte calor, a vegetação de Januária é xeromorfa, ou seja, tem formas adaptadas à seca, e é composta por cerrado, matas secas, caatinga e veredas cobertas de buritis. A última é uma palmeira-leque cujo o fruto é uma noz amarela muito usada na indústria de cosméticos.Outras espécies típicas da região estão aroeira, tinguí, murici, pequizeiros, jatobá, araticum e a mais imponente árvore da região é a embaré, também chamada de barriguda.

Rio São Francisco

Relevo

A cidade tem topografia plana com leves ondulações, uma característica típica do norte e nordeste de Minas Gerais. O subsolo da região é composto por rochas sedimentares do grupo bambuí, arcóseos, siltitos, calcáreos e dolomitos, em partes revestido por sedimentos mais recentes, arenitos, conglomerados, da formação urucuia e também por uma cobertura de detrítico-laterífica. A área territorial de Januária é de 6.691,17 Km2. A altitude máxima é de 794 m, no Morro do Itapiraçaba, e mínima, 444 m, na Foz do Rio Peruaçu.

Educação

O tema educação envolve vários aspectos da cultura de um povo, como o religioso, o artístico, o artesanal e o escolar. Os três primeiros são comuns aos homens das cavernas e aos índios. O escolar, surgiu após a conquista da região.

Escolas

  • Escolas Estaduais: Bias Fortes; Maria da Abadia; Boa Vista; Caio Martins; Claudemiro Alves Ferreira; Mons. João Florisval Montalvão; Nossa Senhora de Fátima; Olegário Maciel; Pio XII; Princesa Januária; Prof. Onésimo Bastos; Profª. Zina Porto; Simão Viana da Cunha Pereira.
  • Escolas Municipais: Joana Porto; Santa Rita; Segredo; Pré. E. M. Boa Vista; Pré E.M. Joana Porto; Pré E. M. Maternal Dona Judite Jacques.
  • Escolas particulares: Colégio Betel, Instituto Educacional Piagetiano (URIM), Colégio São Francisco.
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Ensino superior

  • CEIVA: Centro de Educação Integrada do Vale do São Francisco.
  • UNIMONTES: Universidade Estadual de Minas Gerais, extensão de Montes Claros.
  • IFNMG: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológia do Norte de Minas Gerais.
  • UNOPAR: Universidade do Norte do Paraná.
  • FUNAM: Escola Técnica Alto Médio São Francisco.
 Fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Janu%C3%A1ria (acesso em 28/08/12) Texto adaptado
            Januária no tempo e no espaço, 3ª ed. Vera Matos

5 comentários:

Matheus disse...

Muito interessante Florência.

Franklin disse...

Ola Florência.

Manoel disse...

Oi florência adorei as hitórias e imagens do seu blog.

Herberth disse...

Olá Florência tudo bem, eu não achei a pesquisa da seca e a cheia do São Francisco.
poderia me ajudar?
beijos!!!

Florência Vieira disse...

Olá, Herberth!
Posso sim. Na sala eu lhe oriento sobre o trabalho.
Abraços.

A Escola Estadual Pio XII volta às aulas!

Esperamos por todos vocês!