segunda-feira, 21 de junho de 2021

8º ano - PET COMPLEMENTAR Volume 2

Semana 1 - PET COMPLEMENTAR VOLUME 2 - 8º ANO

ATIVIDADES

 SAÚDE PÚBLICA: POR ONDE COMEÇAR O TRATAMENTO?


Meu município, Remígio, está localizado no brejo paraibano. É uma cidadezinha interiorana calma e considerada uma cidade-polo, tendo em vista sua ótima localização, que dá acesso a vários outros municípios. Entretanto, um grave problema maltrata os remigenses há mais de 10 anos: a falta de um hospital público. Os “vários” pequenos postos de atendimento da família (PSF) só nos servem para vacinação e receitas de remédios; em casos mais graves, somos obrigados a nos humilharmos em hospitais das cidades circunvizinhas.

O caos da saúde pública do nosso país parece-nos até muito normal. Vemos qualquer notícia de pessoas morrendo em corredores dos hospitais públicos ora por falta de atendimento, ora por falta de remédios. Desde que o Brasil é Brasil que as pessoas sofrem com esse problema. Dinheiro para investir nisso nós sabemos que há. Os estádios que estão sendo construídos para a Copa de 2014 comprovam isso. O que falta é uma tonelada de vergonha na cara, interesse, comprometimento e planejamento daqueles que são responsáveis por administrar o dinheiro público dos nossos impostos. A corrupção e o péssimo eleitorado brasileiro são em quem nós devemos por a culpa.

Minha cidade apesar de muito conhecida no estado por ser uma cidade-polo, por suas festas de vaquejadas e emancipação política, sofre com essa crueldade. Há anos que esse município não sabe o que é ter um filho originalmente nascido na sua terra. Quantos idosos e crianças já adoeceram nas madrugadas e foram obrigados a negociar com a sorte, pedindo um pouco mais de calma enquanto chegassem a algum hospital em Campina Grande (36 km - 40 minutos de viagem)? Porém, em épocas de campanha política a saúde pública é um dos projetos mais prometidos pelos atônitos candidatos. O interessante é que o tempo que faz que não nasce uma criança em Remígio é o mesmo em que o povo vive iludido numa esperança utópica da nossa situação mudar.

A culpa disso na maior parte sabemos que é nossa mesmo. O povo deve ter o político que merece. Nós eleitores ainda estamos anos luzes de distância de saber escolher os candidatos dignos e honestos para nos representarmos. Na maioria das vezes, vê-se tanto eleitores quanto candidatos em busca de interesses particulares e não no bem comum. Os políticos fazem uma “promessinha” de emprego para um aqui; uma “carradinha” de tijolos para outro ali; pagam umas contas de água e luz para outro acolá; e esses mesmos beneficiados de um dia, sofrem por décadas afins, pois a politicagem é hereditária.

Enfim, discutir problemas públicos não tem como fugir de política. Segundo nossa Constituição Federal saúde é um direito que deve ser garantido para a população. O problema é que faltou concordar isso com as pessoas que escolhemos como responsáveis. O Brasil precisa de gente honesta. O povo precisa de uma (re) educação eleitoral. Quem mais sofre com isso é meu município, meu Brasil.


1. Sobre o texto acima, responda:

a) Que gênero textual é esse que acabamos de ler?

b) Para que serve um texto como esse?

c) Onde encontramos textos assim?

d) Qual o tema tratado nesse texto?

e) Você achou esse título subjetivo ou objetivo?

f) Que outro título você daria a esse texto?

g) Como o autor fez a introdução do seu texto?


Fonte: Atividades compartilhadas em um grupo de língua portuguesa no whatsapp.

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